Seja bem vindo ao blog Inquietação Protestante!


Esse espaço tem por objetivo comentar e trocar ideia sobre a situação atual da chamada "igreja evangélica brasileira"; igreja essa - em vários casos, mas nem todos - desvirtuada da sua missão e cheia de modismos, sejam eles vindos de outros países que nada tem a ver com a formação cultural-religiosa do Brasil ou na maioria dos casos, como tenho observado, uma igreja cristã-judaizante, ou seja, crê em Jesus como salvador, mas busca no AT, versículos, cultura e costume para defender suas práticas desconexas do NT.

Tambem é um espaço para comentar a situação contemporânea onde estamos inseridos como igreja, e pensar no que e como fazer para sermos, como diz o Mestre, "Sal da Terra e Luz do Mundo" em uma sociedade que caminha sem referenciais.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Deus, deuses e os congressos

Desde que fui batizado em 1998, sempre gostei de ir aos congressos que eram realizados pela Assembléia de Deus na Catedral Baleia ou fora dela como, por exemplo, o CONJUBAN que é realizado todo ano no período do carnaval pela Convenção Batista Nacional. Se fosse congresso de irmãs, adolescentes ou mocidade estava eu lá, ou trabalhando nos bastidores, ou participando do próprio congresso, ou como acontecia varias vezes tirava um período para servir e depois ia para o congresso.
Esse ano em particular devido os preparativos para o meu casamento, decidi ir apenas no domingo que antecedia o carnaval. Na pregação à noite, sinceramente, não entendi onde o pregador queria chegar... Não sou tão ignorante assim, mas dessa vez ou o pregador viajou legal no texto bíblico ou eu não fui “inteligente” o suficiente pra entender a mensagem dele.
Acontece que de uns tempos pra cá tenho feito algumas observações que passo a expor nessas breves linhas.
Percebo claramente, observando os vários cartazes de divulgação dos congressos que existem duas estrelas, que passo a chamar nesse texto de deuses: o pregador e o cantor. Ainda quando estava envolvido nos congressos participando das reuniões para organizar os mesmos, a primeira coisa que a liderança informava era quem estaria pregando e cantando. Se o cantor fulano de tal estiver no congresso, com certeza esse congresso será excelente. E eu, naquela inocência romântica juvenil achava aquilo o máximo, tantos pregadores e cantores no congresso que eu iria participar... Que maravilha Jesus!
Mas hoje, usando uma linguagem poética, as escamas caíram dos meus olhos. Na verdade em tais congressos a presença do Eterno, do Criador dos Céus e da Terra, daquele que deu a sua vida por mim me resgatando da condenação eterna não é tão importante quanto a presença dos deuses que fabricamos que são o pregador e o cantor. Eles sim são importantes: merecem tratamento VIP; os melhores hotéis; o melhor cachê; a melhor comida...São tratados como verdadeiras estrelas. Intocáveis após a sua apresentação, são recolhidas a um espaço reservado onde apenas “autoridades eclesiásticas” tem acesso e o pobre do membro, financiador do espetáculo, não pode chegar perto de tais deuses pois ele pode ser consumido pela “gloria” que irradia de tais deuses.
Congressos são na maioria dos casos, como aquelas grandes lojas que expõem suas jóias onde para adquiri-las é necessário pagar e muito. O mesmo princípio aplica-se a tais deuses: se aparecerem em grandes congressos, de preferência aqueles de exposição nacional, internacional e porque não dizer intergaláctica, logo serão avaliados e comprados para participar de outro congresso, com isso o seu valor de mercado aumenta consideravelmente ficando impossível que uma pequena igreja de uma periferia qualquer consiga bancar os altos custos dessa estrela. O negocio está tão complicado que recentemente fiquei sabendo que um “deus” foi convidado a pregar em determinada igreja. Para essa igreja ele propôs o seguinte: que se a igreja que o estava convidando desse um cachê mais alto do que a igreja que ele já estava previamente e anteriormente agendado, ele iria desmarcar a agenda feita antes para pregar nessa outra igreja.
O Eterno, o Criador, nessa historia toda é tido como ator coadjuvante; como aquele que auxilia os deuses a obterem sucesso no congresso; como aquele cujo nome é invocado para obedecer aos mandos dos deuses. Inverteu-se a ordem natural da relação.
Somos responsáveis por isso tudo, por alimentar e retroalimentar o sistema de tais deuses; somos responsáveis por tirar a gloria de Deus e transferi-la a tais deuses; somos responsáveis por adorar a criatura em lugar do criador.

Que eterno tenha misericórdia de nós e no perdoe por estarmos vendendo a sua gloria.

domingo, 30 de outubro de 2011

IGNORANCIA PENTECOSTAL



Com o passar dos anos tenho observado um estigma nas chamadas igrejas de confissão ou teologia pentecostal que chamo de ignorância pentecostal. Ignorante no sentido de conhecimento ou atenção intelectual, não no sentido de educação.
Antes que alguém pense que estou promovendo perseguição contra os pentecostais, sendo preconceituoso ou depreciando o trabalho que tais igrejas fazem, aí vão algumas informações: congrego na Assembléia de Deus desde tenra idade; aceitei a Jesus; fui batizado, e dentro da estrutura eclesiástica exerço o cargo de Evangelista que é o último “posto ou degrau” antes do pastorado. Já ministrei aulas em curso para obreiros sobre administração eclesiástica e homiletica; fui superintendente e professor de EBD, e hoje leciono algumas disciplinas teológicas do núcleo da FATAD em São Sebastião-DF. Com base nessas premissas, penso que tenho propriedade para escrever essas linhas.
A ignorância pentecostal a que me refiro no texto a seguir é a constante orientação implicitamente estabelecida por alguns quanto a desnecessidade de estudo serio do texto bíblico, ou seja, é mais fácil ser ouvido aquele que tenha profusão nos dons, principalmente aquele que promova o individuo do que aquele que se esforça para trazer pela pregação da palavra todo o Conselho de Deus.
Com isso nos arraiais pentecostais é produzido um tipo de pessoa totalmente alheia, alienada e ignorante quanto aos preceitos bíblicos mais básicos e fundamentais. Na maioria dos casos tais pessoas são induzidas a perceberem a vida cristã baseada tão somente na manifestação do carisma. Se por exemplo o pregador traz uma palavra firme e coerente bíblica-teologicamente sobre determinado assunto, mas não fala em línguas estranhas e não “entrega” alguma profecia, é tido como pregador frio e a sua mensagem é considerada sem “graça”. Agora se ele prega uma mensagem totalmente fora de contexto, sem pé nem cabeça, sem nenhuma coerência bíblica, contudo manifesta os dons, com certeza o pregador pregou muito bem e a mensagem foi excelente, mesmo que a pessoa não se lembre de nada do que o pregador disse.
Mas é fácil perceber a causa de tamanho problema: o inicio do pentecostalismo brasileiro foi marcado pela urgência de levar as boas de salvação e da parousia de Cristo, como no inicio do cristianismo no oriente, em todos os cantos do país, sendo uma das marcas da Salvação, segundo o entendimento pentecostal, a manifestação dos carismas. Com isso as igrejas pentecostais, principalmente a A.D. se estabeleciam em qualquer lugar; apenas precisavam de um espaço para erguer o templo. A educação bíblico-teologica sempre foi negligenciada, devido tamanha urgência.
A conseqüência dessa negligencia é a produção de uma igreja alienada e ignorante, que aceita tudo sem capacidade para questionar o que é dito, “visto no ambiente espiritual” ou pregado. Contudo sei que não posso generalizar tal conceito, pois pessoalmente conheço varias pessoas que simplesmente resolveram usar o simples exercício de pensar e saíram dessa alienação psico-religiosa. 

Apenas um exemplo de tamanha alienação e manipulação em que nos encontramos: no dia 22 de outubro as 13 h foi promovido na Catedral das Assembléias de Deus em Brasília DF, sede nacional da AD ministério de Madureira, um evento denominado Festival Global pela Paz ou em inglês Global Peace Festival tendo como slogan: Uma família sob Deus que teve como atração musical algumas figuras do meio gospel brasileiro como Matos Nascimento, Shirley Carvalhãess, Tales Roberto e Jotta-A.
Aparentemente o evento foi feito para promover a busca pela paz, mas olhando nas entrelinhas e nos bastidores a intenção era outra. Poucos sabiam e isso não foi alardeado antes para não “espantar” o publico, mas tal evento na verdade foi promovido por Hyun Jin Moon filho do fundador da seita da unificação, Reverendo Sun Myung Moon que é uma seita oriental totalmente herética que afirma dentre outras coisas que a obra de Cristo ficou incompleta sendo o Reverendo Moon, o próximo Cristo. O pior não foi ter usado as instalações da referida Catedral, e sim a conivente parceria feita pelo presidente da CONAMAD, Bispo Manoel Ferreira e o evento. Em ponto chegamos! O mais surpreendentemente nisso tudo é a AD que sempre, mesmo que tímida e superficialmente, defendeu a supremacia da escritura estar envolvida com uma seita herética como essa. Digo a AD porque quem esta de fora ao ver o apoio do Bispo à realização do evento a conclusão obvia e lógica que se chega é a de que a AD no Brasil, Ministério de Madureira está tendo relações religiosas com a seita da Unificação. O intuito do evento foi apenas um, como percebido no site da Fundação Global pela Paz: “promover o ideal da paz mundial” sendo esse objetivo tipicamente ecumenista.
Como conseqüência do envolvimento da Conamad com a seita da unificação foi a prisão de uma pastor em Goiânia – GO ano passado por divulgar na internet vários vídeos que comprovam o envolvimento do Bispo com a seita da unificação, ou seja, alem da ignorância a que somos submetidos implicitamente agora querem calar as vozes proféticas que  mostram a verdade.
Sinceramente, a ignorância pentecostal esta destruindo o próprio pentecostalismo da Assembléia de Deus e pior do que a ignorância é ter acesso a informação e escolher fechar os olhos para os fatos.
Quem é o filho do reverendo moon: http://www.gpfbrasil.com.br/fundador/
Esclarecimento do Pastor preso em Goiânia Go:










quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Subversão

O texto abaixo é de um blog que acompanho e que tive o prazer de conhecer seu autor no ano passado em uma confraternização de jovens na igreja onde congrego.
Gosto desse texto pois ele reflete as ideias que tenho, vista na escritura sobre o verdadeiro evangelho e o sentido de ser cristão em comparação com o "outro evangelho" pregado nas igrejas.
Com vocês, Alan Brizotti e o seu texto:


Sou subversivo, e daí?


Sempre questionei. Nasci com o instinto furioso da discordância. Nunca nutri qualquer simpatia para com as ditaduras, não interessa qual configuração. Toda ditadura, todo absolutismo me provoca. Detesto imposições. Amo a proposta, a dúvida, a crítica, o pensar. Sou um amante da liberdade!

Sempre detestei a injustiça, seja ela qual for. Não suporto sistemas e esquemas totalitários, gente metida a Deus, "riquinhos" e sua esnobe mania de ostentar empáfias e futilidades. Sempre fui pobre, filho da periferia, coberto pela poeira da vida, marcado pela falta de padrinhos, nunca tive "as costas quentes". Condenado à sobrevivência, fui fazendo das palavras minha arma de grosso calibre. Ainda são poucos os que me leem, mas ainda acredito...

Sempre amei a poesia, a filosofia, a teologia e a arte, ainda que todas estejam unidas na mesma subversão! Amo tudo que é, que não afirma sua existência no que tem, mas no que sabe ser. Amo gente que já viveu mais do que eu, que carrega nos cabelos a neve do tempo. Adoro seus conselhos e até aquela dose de desilusão que acompanha os que já se gastaram na luta.

Estudei em escola pública, andei de ônibus - muito - na guerra urbana entre sair de casa e não saber se volta. Cheguei ao ministério sem ter pai pastor, sem ser indicado pelos figurões da teologia de "tio Patinhas". Pregando mensagens perigosas desafiei alguns pequenos impérios. Ainda estou aqui. Tentando, acreditando, utopicamente sonhando...

Quero a companhia dos poetas e dos profetas. De gente que se contorce com as mesmas dores que atingem os oprimidos. Quero acreditar que um dia, da massa que não pensa, surgirão pequenos gritos. Quero escrever, ainda que no rodapé das páginas da história, frases que acordem o exército dos subversivos.

Que não me venham apregoar a morte das tentativas! Sou subversivo, morro acreditando!


Até mais...

Alan Brizotti
fonte: http://alanbrizotti.blogspot.com/2010/06/sou-subversivo-e-dai.html

sábado, 10 de setembro de 2011

Vou lher dizer com quem estou falando...

A frase mais nojenta, podre, sem escrúpulos que já inventaram existe apenas em terras tupiniquins é a conhecidíssima: “sabe com quem você esta falando?”.

Essa frase é usada por todo aquele que se acha alguma ou grande coisa só porque tem uma situação financeira, social, religiosa, mundial, planetária, intergaláctica melhor que os demais.

A você que se acha alguma coisa, seja que for, que tenha “ministério” ou não, dedico o vídeo abaixo.

Aprecie com parcimônia.


Livros



Quer me presentear? Não quer erra no meu presente? Aí vai a dica: livro. Qualquer assunto, autor etc.
Na parte teologica tenho lido livros de autores que primam pelos principios da reforma protestante, conhecidos nas livrarias especializadas como autores reformados.
Tambem tenho lido alguns de psicanalise, psicologia e sociologia. Esse último devido o processo de ingresso no Mestrado em Sociologia da Religião que é composto de algumas fases.
Dessa lista, não podem ficar de fora tambem os livros de Administração de Empresas.
Em suma gosto de ler...e nessa coluna irei fazer alguns comentarios sobre livros li.
Aguarde novas postagens

Já Volto!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Com quem Jesus andaria hoje?


Relato 1: "irmão, você é um evangelista... você tem que andar com evangelistas e pastores; principalmente nas convenções, para ser conhecido pelos outros, para assim conquistar o seu espaço....." trecho de uma conversa amistosa com um pastor da Catedral das Assembléias de Deus.

Relato 2: "com quem eu ando posso ser colocado no mesmo nível". Ipsis litteris. Conversa com outro pastor da Catedral das Assembléias de Deus.

Não caro leitor; não tenho uma visão romântica do evangelho. Acontece que com base nos relatos acima, essa pergunta me tem perturbado há uns 6 meses. Se o Mestre estivesse entre nós como quando esteve com os discípulos, com que será que ele andaria?

Bom, para descobrirmos com quem ELE andaria hoje, temos que recorrer à única fonte de seus atos, pensamentos e palavras: O EVANGELHO!

Lá iremos perceber algumas nuances de como o mestre vivia, agia e o que nos interessa nesse tópico, com quem ele andava.

Iremos descobrir que ele andava com pessoas que viviam à margem da sociedade da época; pessoas de vida duvidosa, procedimentos mais duvidosos ainda; pessoas que não possuíam acesso a "high society": cobradores de impostos, pescadores, mulheres de vida comum, mulheres de vida fácil, amotinadores, samaritanos, gentios,.... Enfim, pessoas que eram desprezadas, que não tinha nada a oferecer ao clero religioso dominante!

 Ao alto clero da época, conforme aponta o Evangelho, ELE ia apenas para confrontar o uso absurdo que eles faziam da religiosidade em detrimento de uma vida correta para com Deus e o próximo. Ou seja, o alto clero tinha muita religiosidade, mas pouco relacionamento com o Criador e sua Criatura. Eles viviam nas praças esperando que alguém lhes saudassem com um altissonamente "Bom dia honorável Mestre Rabino, conhecedor de toda lei!"; eles também gostavam dos primeiros lugares nas sinagogas, do reconhecimento, da reverencia dos outros... Era contra essa estúpida religiosidade que o Mestre batia de frente. Não havia nem ortodoxia nem ortopraxia!

Mas parece que pouca coisa mudou de lá pra cá.

Hoje em nossas "igrejas", não em todas é claro, o que acontece é uma clara distorção do real sentido do evangelho. Com base nos relatos acima se pode concluir que o mesmo espírito que imperava no seio do alto clero religioso da época de Jesus habita em nosso meio – não em todas as igrejas, é claro!. Clareando a idéia: alguns que estão em alta posição na igreja, não se furtam de querer glória, prestigio, honra, reverencia, os melhores lugares, o melhor banquete, a melhor mesa etc. Adoram serem servidos ao invés de, como o Mestre fez e ensinou, servir aos outros. Em pré-congresso, congressos, conferências, seminários, palestras, workshops não têm tempo para falar com uma pessoa “desconhecida”, pois são os “deuses” do evento e tem que “zelar pelo seu ministério”; mas tem tempo suficiente, e o tempo que for necessário, seja durante o dia, noite e até de madrugada, para aqueles que têm “influência e prestigio ministerial”!

Mas a pergunta permanece: com quem Jesus andaria hoje? A resposta, contextualizada hoje com base no EVANGELHO é certa como o alvorecer e fácil como andar para frente: andaria com aquele membro que recebe um salário mínimo e que com esse valor faz um verdadeiro milagre para pagar o aluguel, água, luz, comprar a cesta básica, o botijão de gás, o remédio e ainda colocar crédito no telefone pré-pago; andaria com aquela pessoa que entra e sai da igreja sem ser notado, pois não é conhecido devido suas roupas e calçados; andaria com aquele jovem e adolescente que esta na corda bamba entre o desejo sincero de ter uma vida integra e correta com Deus e ceder a pressão do grupo de amigos para tomar uma cervejinha, ficar com a aquela "mina" ou com aquele “filé” que "ta dando maior mole", ou cheirar uma "carreira"; estaria junto da viúva que vive só e que por ninguém é amparada; estaria com aquela mãe ou pai que perdeu o filho para as drogas, prostituição ou para a eternidade e que dele restou apenas a saudade; estaria com aquele que é desprezado por causa da sua "cor".


Enfim, ELE está com aqueles que sofrem dores na alma, rejeição e desprezo. É com esses que ELE andaria hoje.
É como o escritor disse a acerca do Mestre: “Seu nome será chamado EMANUEL que significa Deus Conosco”, Mateus 1:23


Já já eu volto! 

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Ditadura Eclesiástica

Não sou de ficar pendurado no Orkut pra ficar “fuçando” o perfil dos meus contatos. Tenho meu perfil para não perder contato com amigos ou conhecidos, mesmo que virtualmente, e também porque lá tem algumas comunidades que participo. Participo de algumas porque simpatizo com o tema e porque refletem a forma como vejo o mundo, ou simplesmente para estar lá.

Contudo, em uma delas tive o desprazer de ver meus textos apagados porque simplesmente escrevi o que pensava sobre um determinado tópico; o pior de tudo é que ela representa uma igreja que fica na cidade onde moro. Digo pior porque uma igreja abriga pessoas com histórias de vida diferente. Cada uma possui uma forma muito peculiar e única de ver o mundo, pensar, sentir e principalmente, de relacionar-se com Deus. Não existe regra ou um padrão único para relacionar-se com Deus, prova disso é que um dos títulos de Jesus significa Emanuel, ou seja, Deus conosco. Deus conosco significa Deus que fala a nossa linguagem; que sabe da nossa dor; que está conosco em momentos de montanhas e de vales; Deus que se envolve, se relaciona com a sua criatura de forma que essa criatura o perceba de forma mais clara possivel.


Mas infelizmente nessa comunidade, aqueles que pensam diferente são tolerados por um breve espaço de tempo enquanto tal forma de pensar não confronta a forma de pensar ali defendida e imposta. Quando chega a esse nível, o dialogo cessa e a ditadura eclesiástica (como costumo chamar todo tipo de imposição de uma idéia dominante) é imposta.


No meu caso em particular, a ditadura foi imposta quando os meus textos foram apagados unicamente porque confrontavam e questionavam os desmandos de alguns “lideres eclesiásticos”, como se ser cristão fosse sinônimo de suicídio intelectual. Como já diria o escritor inglês John Stott, “Crer é também pensar”.

Mais interessante ainda é a incoerência que tenho observado de varias igrejas evangélicas contra o movimento homossexual. De um lado, o movimento homossexual quer impor uma “ditadura branca” por meio de lei a todos aqueles que não concordem com a sua pratica sexual (sobre esse assunto vou postar em outro tópico) e de outro o movimento evangélico se levanta contra tais leis dizendo que elas são uma forma de limitar o direito a livre manifestação de pensamento e crença. Percebo a incoerência nesse ponto: se a igreja evangélica brasileira luta contra a ditadura homossexual, porque a mesma impõe sua própria ditadura para seus membros? É como diz o poeta João Alexandre: É Proibido Pensar.

Percebo claramente um clima de “cala a boca” em varias organizações evangélicas; dentre elas onde sirvo a Deus e aos membros, onde ainda habita o sistema coronelista do século passado.


Realmente,                                                          


principalmente escrever...




é verdade!

É verdade!


Eu sei que o blog não está parado... está congelado há mais de seis meses.

No semestre passado tive muitas atividades que não me permitiram escrever... teve até alguns texto que esbocei no rascunho e vou começar a postar.

Dentre essas varias atividades retomei o curso de Administração que estava trancado a seis meses e voltei com o objetivo de fazer 17 matérias em pouco mais de 5 meses. Só não terminei porque a faculdade não tinha como oferecer a matéria para apenas um aluno, no caso, eu. Resultado: das 17, concluí 12. As 5 que ainda restam vou terminar até o final de março.

Alem de retomar o curso, voltei com a incumbência e o desafio de fazer a temida monografia. Fui a SP fazer pesquisa; passei varias horas escrevendo e outras tantas horas tendo orientação...resultado: monografia concluída e entregue em Dezembro...algumas copias já estão circulando por ai. Escrevi sobre a aplicação do Planejamento Estratégico em organizações religiosas. Segundo a professora orientadora, a monografia ficou muito bem estruturada.

Enfim, foi um semestre bastante corrido....

Alem da questão da faculdade fui surpreendido por algo que me fez "viver" novamente e que no momento, não posso relatar nesse espaço....

Vou começar a postar alguns tópicos que terão como marcador o titulo de Retrospectiva 2010 e eles refletirão situações que passei ou que presenciei.

Esse ano vou escrever com mais freqüência sobre tudo o que conseguir; pelo menos aqui não serei tachado de “revolucionário”, “rebelde” e tantos outros adjetivos dados aqueles que tiveram coragem de pensar fora do sistema dominante, principalmente o eclesiástico.

Até mais...